domingo, 8 de novembro de 2015

A juventude chamada a construir uma nova sociedade



2 mil jovens participam do DNJ 2015, demonstrando a multiplicidade de carismas e atividades na Arquidiocese de São Paulo /Foto: Luciney Martins

Renata Moraes

jornalismorenata@gmail.com

"Estar nesse DNJ pra mim é comemorar um ano de vitórias. Eu participo do evento há seis anos, mas em 2014 eu não pude vir, pois estava internado. Foi quando descobri que estava com câncer.Eu procuro sempre estar na igreja,em comunhão com Deus e celebrando a vida. É isso que me mantém de pé e recarrega as energias para a batalha”.
Gabriel Alves de Morais, 21, há 11 meses faz tratamento de quimioterapia para combater um câncer no sistema linfático, em fase de metástase. Animado e na companhia dos colegas do grupo de jovens da Paróquia Divino Espirito Santo, da Região Belém, ele participou da celebração do Dia Nacional da Juventude (DNJ), na Paróquia Sant’ana, no domingo, 8.





Organizado pelo Setor Juventude da Arquidiocese de São Paulo, o DNJ teve a participação de cerca de 2 mil jovens, animados pelo tema “Juventude construindo uma nova sociedade”.Na missa de abertura do DNJ, o Cardeal Odilo Scherer, arcebispo metropolitano,falou aos jovens sobre a importância da participação na missa, como uma atitude cristã de fé; e citando o evangelho do dia (Mc 12, 38-44), sobre a passagem da pobre viúva que no templo doou tudo o que tinha, indagou-lhes: “E vocês jovens,quanto estão doando para Deus? Da sua vida e do seu tempo? O que sobra? Temos que dar tudo que temos. Amar a Deus sobre todas as coisas, como nos ensina o primeiro mandamento”, exortou o Arcebispo.
Dom Odilo também estimulou os jovens a dizerem “sim” às vocações ao sacerdócio ou ao Matrimônio. “Nós incentivamos sim a vocação religiosa, ao sacerdócio, mas também a formação da família. Vocês que estão pensando em se casar estão pensando em uma coisa boa, pois foi na Sagrada Família que o filho de Deus nasceu”, destacou.

Multiplicidade juvenil na vivência da fé



Em um testemunho público de fé, os jovens, após a missa, seguiram em uma
animada caminhada pelas ruas do bairro de Santana, ao som de canções religiosas,
até o Parque da Juventude, onde o DNJ teve sequência em tendas formativas, organizadas por temas e pastorais. Ao chegar, os jovens encontravam, na entrada do Parque, a tenda de adoração ao Santíssimo Sacramento exposto no altar. Mais adiante, estava a tenda de serviços sociais, onde as pastorais da Juventude, do Menor, Carcerária e o Vicariato Episcopal para o Povo de Rua reuniram os jovens para discutir em questões como a redução da maioridade penal e o significativo número de jovens encarcerados ou em situação de rua.
Uma tenda que não ficou vazia em momento algum foi a de Confissão, onde jovens faziam fila para receber esse sacramento. Já quem desejasse saber mais sobre a vocação, podia visitar a tenda de promoção vocacional organizada pela Pastoral Vocacional. Entre as 15 tendas espalhadas pelo Parque também estavam as que permitiam esclarecimentos sobre os riscos da ideologia de gênero e as ações da juventude em favor do diálogo inter-religioso. Os jovens também puderam se divertir com shows musicais, com apresentações de grupos de música das paróquias, pastorais e movimentos da Arquidiocese.“O grande fruto deste dia são os diversos carismas e as diversas formas de viver a nossa fé. Aqui vemos a força da nossa juventude. Que cada jovem se sinta reconhecido em sua identidade, consciente do seu papel na construção de uma nova sociedade”, destacou, ao O SÃO PAULO, Dom Carlos Lema Garcia, bispo auxiliar da Arquidiocese e vigário episcopal para a Educação e a Universidade. No evento que demarcou os 30 anos do DNJ, os jovens também contaram com serviços de teste vocacional e de saúde e estética, como massagem corporal e limpeza de pele, ofertados pela Universidade Santana. A infraestrutura montada no Parque da Juventude foi doada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Houve também o apoio da Secretaria de Turismo da cidade de São Paulo.



COMO A JUVENTUDE PODE CONSTRUIR UMA NOVA SOCIEDADE?


"Temos que começar aos poucos,
fazendo a diferença em nosso meio.
Ajudando as pessoas que precisam.
Em nossa paróquia, realizamos o
‘Café da Manhã Solidário’, quando
levamos café às pessoas em situação
de rua. E nós procuramos fazer essas
pequenas coisas simples, pois a partir
delas podemos fazer muito mais”.

Yara Ramos Linhares, 15, da Paróquia
São Geraldo, na Região Sé 

“Não ser passivo diante das situações,
ter senso crítico, deixar a alienação
e deixar o comodismo. O jovem
precisa tomar o seu espaço e tomar
uma postura de quem tem o desejo
de mudanças, que acredita em seus
sonhos e que olha para o futuro como
algo perto que ele possa construir”.

Jovane Maciel, 27, consagrado de vida da
Comunidade de Aliança de Misericórdia.


"A mudança começa dentro da
gente. Vivemos um processo de
construção a cada dia. A partir do
momento que ajudamos o próximo
nas mais diversas formas, já estamos
construindo uma nova sociedade.
Construímos a civilização do amor
todos os dias quando encontramos
Jesus no nosso próximo”.

 Juliana Maria Teixeira, 19, da Pastoral
da Juventude da Região Brasilândia

"O primeiro passo para se construir uma nova sociedade, é observar os erros da atual para que, posteriormente, seja realizada uma nova estrutura que elimine as falhas. O segundo passo, é divulgar a ideia e atrair mais jovens para ela, pois em grupo, a probabilidade de dar certo é ainda maior. Tendo estes dois passos realizados, o terceiro, que nada mais é do que ter foco, força e fé, fica fácil. Sendo assim, não há quem negue que os jovens são o futuro da nação."

 Isabela de Camargo Gomes, 15 Pastoral do Crisma da Paróquia 
Nossa Senhora do Retiro- Região Brasilândia


“Ofertando minha vida pelos jovens,
evangelizando aqueles que não
conhecem a Deus. E a minha missão é
ir ao encontro deles para ter um novo
mundo”.
José Lucas Alves Passos, 20, da Comunidade Shalom


"Somos capazes de mudar, de ajudar
e melhorar as coisas sim, mas apenas
se isso acontecer primeiro dentro
de nós. Os jovens não são o futuro
da igreja, somos o presente e não
precisamos esperar o futuro para fazer
a diferença”.

 João Vítor Cortez Fernandes, 18,
do Movimento Escalada Pirituba
Pu vPu

Reportagem publicada no Jornal O SÃO PAULO, edição 3077,

de 11 de Novembro de 2015 

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nova“Não ser passivo diante das situações,ter senso crítico, deixar a alienação

e deixar o comodismo. O jovem

precisa tomar o seu espaço e tomar

uma postura de quem tem o desejo

de mudanças, que acredita em seus

sonhos e que olha para o futuro como

algo perto que ele possa construir”.

Jovane Maciel, 27, consagrado de vida da

Comunidade de Aliança de Misericórdiasociedade?’ Como a juventude

pode construir uma

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