2 mil jovens participam do
DNJ 2015, demonstrando a multiplicidade de carismas e
atividades na Arquidiocese de São Paulo /Foto: Luciney Martins
Renata Moraes
jornalismorenata@gmail.com
"Estar nesse DNJ pra mim é comemorar um ano de vitórias. Eu
participo do evento há seis anos, mas em 2014 eu não pude vir, pois estava
internado. Foi quando descobri que estava com câncer.Eu procuro sempre estar na
igreja,em comunhão com Deus e celebrando a vida. É isso que me mantém de pé e
recarrega as energias para a batalha”.
Gabriel Alves de Morais, 21, há 11 meses faz tratamento de quimioterapia
para combater um câncer no sistema linfático, em fase de metástase. Animado e
na companhia dos colegas do grupo de jovens da Paróquia Divino Espirito Santo,
da Região Belém, ele participou da celebração do Dia Nacional da Juventude
(DNJ), na Paróquia Sant’ana, no domingo, 8.
Organizado pelo Setor Juventude da Arquidiocese de São Paulo, o DNJ teve
a participação de cerca de 2 mil jovens, animados pelo tema “Juventude
construindo uma nova sociedade”.Na missa de abertura do DNJ, o Cardeal Odilo
Scherer, arcebispo metropolitano,falou aos jovens sobre a importância da
participação na missa, como uma atitude cristã de fé; e citando o evangelho do
dia (Mc 12, 38-44), sobre a passagem da pobre viúva que no templo doou tudo o
que tinha, indagou-lhes: “E vocês jovens,quanto estão doando para Deus? Da sua
vida e do seu tempo? O que sobra? Temos que dar tudo que temos. Amar a Deus
sobre todas as coisas, como nos ensina o primeiro mandamento”, exortou o Arcebispo.
Dom Odilo também estimulou os jovens a dizerem “sim” às vocações ao
sacerdócio ou ao Matrimônio. “Nós incentivamos sim a vocação religiosa, ao
sacerdócio, mas também a formação da família. Vocês que estão pensando em se
casar estão pensando em uma coisa boa, pois foi na Sagrada Família que o filho
de Deus nasceu”, destacou.
Multiplicidade juvenil na vivência da fé
Em um testemunho público de fé, os jovens, após a missa, seguiram em uma
animada caminhada pelas ruas do bairro de Santana, ao som de canções
religiosas,
até o Parque da Juventude, onde o DNJ teve sequência em tendas
formativas, organizadas por temas e pastorais. Ao chegar, os jovens
encontravam, na entrada do Parque, a tenda de adoração ao Santíssimo Sacramento
exposto no altar. Mais adiante, estava a tenda de serviços sociais, onde as
pastorais da Juventude, do Menor, Carcerária e o Vicariato Episcopal para o
Povo de Rua reuniram os jovens para discutir em questões como a redução da
maioridade penal e o significativo número de jovens encarcerados ou em situação
de rua.
Uma tenda que não ficou vazia em momento algum foi a de Confissão, onde
jovens faziam fila para receber esse sacramento. Já quem desejasse saber mais
sobre a vocação, podia visitar a tenda de promoção vocacional organizada pela
Pastoral Vocacional. Entre as 15 tendas espalhadas pelo Parque também estavam
as que permitiam esclarecimentos sobre os riscos da ideologia de gênero e as
ações da juventude em favor do diálogo inter-religioso. Os jovens também
puderam se divertir com shows musicais, com apresentações de grupos de música
das paróquias, pastorais e movimentos da Arquidiocese.“O grande fruto deste dia
são os diversos carismas e as diversas formas de viver a nossa fé. Aqui vemos a
força da nossa juventude. Que cada jovem se sinta reconhecido em sua
identidade, consciente do seu papel na construção de uma nova sociedade”,
destacou, ao O SÃO PAULO, Dom Carlos Lema Garcia, bispo auxiliar da
Arquidiocese e vigário episcopal para a Educação e a Universidade. No evento
que demarcou os 30 anos do DNJ, os jovens também contaram com serviços de teste
vocacional e de saúde e estética, como massagem corporal e limpeza de pele,
ofertados pela Universidade Santana. A infraestrutura montada no Parque da
Juventude foi doada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
(Sabesp). Houve também o apoio da Secretaria de Turismo da cidade de São Paulo.
COMO A JUVENTUDE PODE CONSTRUIR UMA NOVA SOCIEDADE?
"Temos
que começar aos poucos,
fazendo a
diferença em nosso meio.
Ajudando as
pessoas que precisam.
Em nossa
paróquia, realizamos o
‘Café da Manhã
Solidário’, quando
levamos café às
pessoas em situação
de rua. E nós
procuramos fazer essas
pequenas coisas
simples, pois a partir
delas podemos
fazer muito mais”.
Yara Ramos
Linhares, 15, da Paróquia
São
Geraldo, na Região Sé
“Não ser passivo
diante das situações,
ter senso crítico,
deixar a alienação
e deixar o
comodismo. O jovem
precisa tomar o seu
espaço e tomar
uma postura de quem
tem o desejo
de mudanças, que
acredita em seus
sonhos e que olha
para o futuro como
algo perto que ele
possa construir”.
Jovane Maciel, 27,
consagrado de vida da
Comunidade de Aliança de
Misericórdia.
"A mudança começa dentro
da
gente. Vivemos um processo de
construção a cada dia. A partir do
momento que ajudamos o próximo
nas mais diversas formas, já
estamos
construindo uma nova sociedade.
Construímos a civilização do amor
todos os dias quando encontramos
Jesus no nosso próximo”.
Juliana Maria Teixeira, 19, da
Pastoral
da Juventude da Região Brasilândia
"O primeiro passo para se construir uma nova sociedade, é observar os
erros da atual para que, posteriormente, seja realizada uma nova estrutura que
elimine as falhas. O segundo passo, é divulgar a ideia e atrair mais jovens
para ela, pois em grupo, a probabilidade de dar certo é ainda maior. Tendo
estes dois passos realizados, o terceiro, que nada mais é do que ter foco,
força e fé, fica fácil. Sendo assim, não há quem negue que os jovens são o
futuro da nação."
Isabela de Camargo Gomes, 15 Pastoral do Crisma da Paróquia
Nossa Senhora do
Retiro- Região Brasilândia
“Ofertando minha
vida pelos jovens,
evangelizando
aqueles que não
conhecem a Deus.
E a minha missão é
ir ao encontro
deles para ter um novo
mundo”.
José Lucas Alves Passos, 20, da
Comunidade Shalom
"Somos capazes de mudar, de
ajudar
e melhorar as coisas sim, mas
apenas
se isso acontecer primeiro dentro
de nós. Os jovens não são o futuro
da igreja, somos o presente e não
precisamos esperar o futuro para
fazer
a diferença”.
João Vítor Cortez Fernandes, 18,
do Movimento Escalada Pirituba
Pu vPu
Reportagem publicada
no Jornal O SÃO PAULO, edição 3077,
de 11 de Novembro de
2015
OPu
nova“Não ser passivo diante das situações,ter senso crítico, deixar a alienação
e deixar o comodismo. O jovem
precisa tomar o seu espaço e tomar
uma postura de quem tem o desejo
de mudanças, que acredita em seus
sonhos e que olha para o futuro como
algo perto que ele possa construir”.
Jovane Maciel, 27, consagrado de vida da
Comunidade de Aliança de Misericórdiasociedade?’ Como a
juventude
pode construir uma
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